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29 novembro 2013

Caminhos

Meus dias andam se baseando em fugir dos pensamentos que me torturam. Desconforto. Me perdi de mim e quando você se perde de si mesmo parece que cada vez fica mais difícil se achar. Não se conhecer mais. Caminho. Corro. Grito. Ninguém nunca percebeu. O fim desse labirinto parece estar tão longe. E talvez não esteja. Talvez parte de mim só não quer achar. Não quer encarar.

28 novembro 2013

Decifrando

Tive um sonho estranho, você estava lá e estava tudo desfocado. Até parece que a vida não é assim. Corri em sua direção, calafrios passavam pelo meu corpo. Você não fez um movimento, observei uma lágrima se arrastando pelo seu rosto. Tentei perguntar o que tinha acontecido, mas minha voz simplesmente não saiu. Confuso. Te abracei e você sussurrou em meu ouvido: Eu só quero ser feliz. Não respondi, porque aquilo era exatamente o que eu também queria. O que todos querem.

25 novembro 2013

Presente

Se sentir bem. Nada perto de felicidade, mas bem. Sensação de leveza. Decidi descarregar todo aquele peso psicológico que eu mesma colocava em minhas próprias costas. Borboletas saíram voando. Uma pousou no meu dedo e eu senti uma imensa simplicidade nesse gesto. Falam que se aceitar é o primeiro passo pra aceitação e pra mim, uma muralha a escalar. Aceitei pegar esse trem meio que desgovernado. Totalmente sem controle. Pirado. Mais que que pirado. Com o tempo entro nos eixos, ou não. Talvez aprenda a lidar com isso. É como eu vivo agora.

24 novembro 2013

Desabafando

Quando as coisas começaram a mudar, veio tudo em um pacote. As coisas que antes não tinha nenhum sentido começaram a ter respostas. E com as respostas veio as complicações, coisas que ninguém quer lidar. Eu criei esse blog com intuito de desabafar e talvez conversar com desconhecidos que se sentissem da mesma maneia. Quando deito pra dormir fico pensando porque é tão difícil se abrir com alguém que você conhece a anos e tão fácil expor seus pensamentos em um meio de comunicação, e acabo varando a noite com isso. Mas até entendo sabe, ou não. Finjo que entendo. Fiz esse post pra quem tá me acompanhando (sei que são poucos, talvez ninguém, enfim, qualquer pessoa) entender meu propósito, se é que eu tenho algum.

21 novembro 2013

Como lidar

Podemos nos reinventar, certo? Podemos criar um lugar melhor bem aqui, aqui dentro de nós mesmos, não é? Espero que sim. Tá faltando uma peça nesse quebra-cabeça de mil peças que demorei séculos pra montar. Me irritou no começo, mas agora eu até entendo. Alguma coisa está faltando e eu só preciso ter calma até chegar o momento certo, sei que a felicidade vai se encaixar. Bem ali, no canto superior esquerdo. E toda vez que essa música ousar acabar eu vou continuar cantando, porque nada se segura sozinho.

19 novembro 2013

Perseguição

Montanha russa. Chame do que quiser, mas essa é a única palavra que vem a minha mente quando me pego pensando em você. Talvez seja meu inconsciente tentando me fazer lembrar o quanto eu tenho medo de altura. O quanto eu deveria ficar longe de você. Já tentei, mas parece que você sempre dá um jeito de estar ali. Isso é coisa da sua cabeça, penso. Mas eu sei que não. Dou um passo pra traz e me tropeço em você, dou um passo pra frente e me esbarro, claro, em você. Talvez seja só duas pessoas em lugares errados e na hora errada. Talvez seja só o destino.

17 novembro 2013

Monotonia

A angustia quase me mata por dentro. Tudo anda igual demais pra mim. Estranho demais pra mim. Vai. Vem. Ou vai, ou vem. Sempre a mesma coisa, mesmos horários. Como mudar? Eu não consigo. Vivendo ou existindo? Alguns dizem vivendo. Sortudos, penso. Só estou aqui. Enfeite de jardim, estatuas, retratos. Queria, mas não sinto.

14 novembro 2013

Note

Se sentindo esgotada. Por dentro. Você consegue enxergar isso? Acho que não. Não importa. Na verdade importa, mas tudo bem. Ótimo. Perfeito. Está tudo horrível, dá pra disfarçar. Sozinha? Não, nunca. Olha só em volta, você percebeu o vazio em suas mentes? Sei que não, mas não me canso de perguntar. Um mundo inteiro tão sozinho. Ouviu o oco? Ele faz eco em seus pensamentos. Me pergunto se você se sente assim... E sei que sim.

11 novembro 2013

Estranho gostar

Você me deixou insanamente louca, mas eu queria amor. Eu preciso de amor. Todos nós precisamos. Esse calor anda me deixando irritada, mas não como você me deixava, ainda mais quando fazia aquele tipo de piada. Você sempre teve um péssimo gosto pra tudo. Esse frio faz meus ossos doerem. Nada que se compare ao tipo de dor que você me fez sentir. Dor estranha. Como se eu quisesse mais, mesmo sem querer. No final você sempre me fez muito bem me fazendo muito mal. Vem aqui. Fica aqui. Quem sabe em um curto pra sempre. Ou em um longo, talvez.

06 novembro 2013

De Longe

Te vi hoje, de longe, mas vi. Você estava com fones de ouvido, escutando alguma música qualquer. Eu queria tanto saber qual era, mas não cheguei e perguntei. Fiquei te observando por um tempo. Você deixou a barba e o cabelo crescer, eu percebi. De repente você deu aquele seu sorriso, deixando a mostra seus dentes. Sem querer acabei sorrindo também. Talvez não por eu estar feliz, mas por você estar.

03 novembro 2013

Expresse

Um dia acorde bem humorado e coma um x-bacon no café da manha. Coloque uma roupa colorida, que talvez você nunca usaria. Saia na rua, chupe um sorvete. Ou dois. Quantos quiser. Viu aquele grupo de atores? Ali, no meio da pracinha, aquela que tem um chafariz lindo que você nunca sequer prestou atenção. Vai ver aquela apresentação, eles são bons. Quando acabar não vá embora. Nessa cidade existe praia, sabia? Não me lembro a última vez em que você deixou seus passos pela areia, faz tempo. Escutou essa música? Que música? São só as ondas. Uma atrás da outra, se desfazendo e se reerguendo.

01 novembro 2013

Até quando

Satisfação de que? Quando estamos satisfeitos? Quando alguém se sente completamente inteiro? Fico me fazendo essas perguntas sempre em que penso no decorrer desses tempos. Tempo. Quanto tempo desde que você sentiu aquela sensação de que nada poderia estar melhor? Poderia. Sério isso? Se isso... Se aquilo... Se? Não existe isso. Passou. Passado. Se quem vive de passado é museu esta sou eu. Um museu inteirinho: pinturas, fotografias, até esculturas, algumas até de cera. Não saio, você sabe, cera derrete com temperaturas altas. Não é medo. Medo. Até quando inventarão desculpas, se sentem uma vontade imensa, mas se reprimem, se trancam, se fecham e se escondem.

29 outubro 2013

Verão passado

Estávamos deitados no chão olhando o céu escuro e cheios de estrelas. Senti seus olhos me fitando, sabia que alguma coisa estava o incomodando. Olhei pra ele, que acabou desviando seu olhar do meu.

– Fala. – Disse.
– O que?
– Não se faça de desentendido. O que está te incomodando tanto?
– Só quero saber como vai ser. Sabe... ?

– Não, acho que não. – Menti, sabia exatamente do que ele estava falando. Só não queria falar sobre isso. Sempre tive medo do futuro e agora que está tudo indo tão bem tenho mais medo ainda. Ás vezes o desconhecido me atrai, mas ás vezes simplesmente me assusta.

– Quem está se fazendo de desentendida agora? – Falou tentando parecer irritado, mas sabia que ele só estava curioso e atrasando o assunto assim como eu.

Nada falei. Voltei a olhar para o céu que nunca esteve tão perfeito. Me desliguei por alguns minutos. Escutei seu suspiro, ele iria voltar ao assunto.

– Como vai ser? – Ele deu uma pausa, esperando que olhasse pra ele talvez. Então o fiz e ele continuou. – Quando o verão acabar?

A pergunta que eu tanto temia, porque talvez seja uma das poucas que eu não sei a resposta. Nesses últimos dias percebi que na verdade eu não quero saber.

– Eu não sei, eu não tenho a mínima ideia. Mas quer saber? – Falei enquanto chegava mais perto dele. – Vamos congelar esse momento. Aqui, agora. E aconteça o que acontecer é desse momento que eu vou lembrar.

Ele não disse nada. Me afundou em seus braços e me apertou em seus beijos.

27 outubro 2013

Sozinho

Cercada de pessoas e ainda assim tantas almas se sentem sozinhas
Falam tanto, mas não dizem nada
Tentam fazer sentido e não conseguem entender a si mesmas
Querem respostas e simplesmente não as procuram

Deitada em sua cama aos prantos Elena pensava sobre essas coisas e a pobre moça não conseguia decifrar os próprios sentimentos. Sem conseguir dormir, sem conseguir sonhar. Ela nunca se sentiu tão sozinha. Nunca quis tanto um ombro. Nunca quis tanto fugir. Não conseguia se abrir, e ah, como ela queria se sentir livre. Era como se estivesse algemada. Tentou separar a vida em tópicos, coitada. Elena não sabe, mas ela só precisa se permitir: sentir.

11 outubro 2013

Grande pequena dor

Quem quer escrever sobre tristeza? Bom, Maria não tinha escolha. Era o único jeito dela afastar a dor que tomava conta de cada pedacinho dela. E ah, como Maria era pequena.

08 outubro 2013

Eterno

Eterno, tão eterno quanto o terno do meu avô. Quanto o amor dele por minha avó. Eterno, tão terno como a brisa de primavera que acalma vários corações desamparados. De manhã a manhã. Eterno tanto quanto aquela fotografia amarelada que você encontra em uma gaveta esquecida qualquer. Eterno como a finita felicidade. Eterno por segundos, por minutos, por anos, por séculos. 

07 outubro 2013

Laços

Desisti de amarrar cadarços. Laços. Essas coisas. As vezes que me permiti ser amarrada foi tão forte que sufocou. Desfaze-lo foi mais difícil ainda. Hoje talvez aceite ligações frouxas. Que me sinta com os pés no chão, porém livre.

06 outubro 2013

Errado

Tá tudo errado. Por dentro. Por fora. Em todo lugar. Não sei mais lidar, ninguém sabe, todos sabem, menos eu. Tudo é tão finito. Tudo tem um limite tão pequeno, e a minha vontade de expandir já não basta mais. Sentir. O que é sentir? Já não sinto mais. Tá tudo vazio.

20 julho 2013

Pra que?


Não sei. Não sei o motivo do qual criei esse blog. Só sei que quero compartilhar aqui muito mais do que meu tédio, mas meus enjoos, meus aborrecimentos, minha rotina que ultimamente já não me satisfaz. Não espero que tenha vários leitores, só espero que quem ler entenda a minha mensagem ou o que estou querendo dizer.

Hoje um primo meu que eu não era próxima nem nada morreu e minha mãe não estava falando com ele o que só piorou as coisas. Ela se sente culpada? Triste por estar brigada com ele e ele simplesmente, sei lá, morrer? Quer dizer, não podemos controlar isso, mas do que tudo isso se trata? Você deve estar se perguntando “Cara, o que essa menina falando?”. É só que achamos que estamos tão sob controle de tudo, o ser humano acha que controla tudo, alguns tem tanta confiança em si mesmo que na verdade acabam sendo controlados e no fim de tudo isso não temos controle algum. Não estou falando só da morte, mas de tudo que nos cerca, de tudo que simplesmente está na nossa frente e não conseguimos ver e no final tudo acaba virando uma grande estupidez.



P.S.: Desculpem pela grande quantidade de vírgulas (,).